sábado, 9 de agosto de 2008

Prefeita por um dia!

Minha carreira política iniciou-se sem eu nem saber! Um dia li no Correio que o Distrito Federal enfim buscava estabelecer um Código de Posturas, depois de quase 50 anos vivendo sem regras definidas.

Como voluntária da minha quadra, decidi felicitar os responsáveis pela iniciativa em nome de todos. Escrevi, então, uma nota elogiando o projeto e ressaltando a importância da comunidade ser consultada no processo, a fim de termos leis efetivas e elaboradas com bom senso. Assinei como a colaboradora da prefeitura da minha quadra.

Semanas depois de minha mensagem, o jornal publica a nota na coluna de reclamações, com uma resposta da Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente assegurando que haverá consultas e audiências públicas, a partir do momento em que o projeto para a contratação da empresa que fará o Código esteja licitado.

Detalhe: virei prefeita! o(a) jornalista que editou o meu texto (que era um parágrafo) conseguiu enxugar tanto o conteúdo que fez uma grande salada. Aliás, na era da internet, o que mais vemos é isso. Por pressa e falta de atenção, copia-se, cola-se, de modo tão mecânico quanto escovar os dentes ou amarrar o cadarço do sapato. E assim muda-se a história.

E eu, do alto de meu pseudo posto, preocupada com a imagem pública involuntária, resolvi descer com o cachorro com uma calça menos rasgada, sem porém abrir mão das Havaianas...

2 comentários:

Mwho disse...

E a lei que manda os donos de cães recolherem os excrementos em sacos plásticos? Saiu em uma página inteira do Correio Braziliense ontem. Acho um absurdo os gramados e as calçadas estarem tomadas por fezes de cachorros...

Marília Serra disse...

Pois é... são raros os que se dignam a fazê-lo. A cultura do brasileiro o impede de se rebaixar... Não somos responsáveis pelas fraldas de nossos bebês e, depois de adultos, pelas merdas que nossos filhos fazem?! Nada mais óbvio do que ser responsável também pelo cocô do cachorro que, afinal de contas, também é um filho! E ainda tem o problema de convencer as empregadas e faxineiras a fazê-lo. Tenho certeza que, se a pessoa for multada, vai repensar a questão.